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RBCE - A revista da
ca Latina, construir alianças com parceiros locais não
é apenas desejável — é essencial. Conhecimento insti-
tucional, articulação política, compreensão das normas
trabalhistas e scais, além da uência cultural, são ativos
que muitas vezes só empresas locais conseguem aportar.
Formar consórcios, joint ventures ou parcerias técni-
cas com empresas regionais pode ser a diferença entre
o sucesso e a frustração de um projeto. A presença de
um ator local ajuda a abrir portas, reduzir resistências,
otimizar processos e em muitos casos atender exigências
legais e regulatórias.
Mais do que uma aliança operacional, é uma construção
de con ança mútua. Saber identi car parceiros con á-
veis, alinhar expectativas contratuais e criar estruturas
equilibradas de governança é um desa o que demanda
sensibilidade, transparência e estratégia. As melhores
parcerias são aquelas que combinam o melhor de dois
mundos: a força técnica de quem chega com a inteligên-
cia relacional de quem já está.
Depois de tudo isso, dá pra ver que o mercado de cons-
trução fora do Brasil está cheio de portas abertas. Mas
não é qualquer um que entra. É preciso preparo, inteli-
gência e principalmente vontade de fazer diferente.
A construção na América Latina está deixando de ser
promessa para se tornar realidade. O momento de atuar
é agora. A janela de oportunidades está aberta — mas
não para sempre. As empresas que se posicionarem ago-
ra colherão frutos por décadas.
Construir aqui não é apenas erguer obras. É participar
da construção de um continente mais justo, integrado
e resiliente. O retorno nanceiro é signi cativo, mas o
impacto humano é imensurável.
A infraestrutura transforma paisagens, mas acima de
tudo, transforma vidas. Escolas aproximam o futuro.
Hospitais salvam. Rodovias unem. Saneamento liberta.
Empresas que enxergam o setor de construção como “
um m em si mesmo, perdem o essencial. Já aquelas que Depois de tudo isso, dá pra ver que o
compreendem seu papel como agentes de desenvolvi- mercado de construção fora do Brasil
mento, tornam-se protagonistas de uma nova história está cheio de portas abertas. Mas não é
para a América Latina.
qualquer um que entra. É preciso prepa-
Essa é a hora de agir com responsabilidade, coragem e ro, inteligência e principalmente vontade
visão. Vamos construir, juntos, não apenas pontes e es- de fazer diferente.
tradas — mas um futuro digno e promissor para todos.
”
Nº 163 - Abril, Maio e Junho de 2025 21