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Momento Histórico








             O novo ministério do empreendedorismo e o


             fortalecimento da micro e  pequena indústria


             no Brasil













                                                                                 Joseph Couri
                                                                é presidente do SIMPI – Sindicado da Micro e Pequena
               Joseph Couri                                              Indústria do Estado de São Paulo






          Nestes últimos anos, o Brasil tem passado por diversas mudanças políticas e econômicas, e uma das medidas que
          ganhou destaque foi a criação do Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno
          Porte. Hoje, quero compartilhar com vocês a nossa perspectiva sobre a importância dessa iniciativa, como presiden-
          te do Sindicato da Micro e Pequena Indústria (Simpi) e da Associação Nacional dos SIMPIs (Assimpi).


          A VALORIZAÇÃO DO SETOR


          Para mim, a criação do Ministério do Empreendedorismo é um passo crucial no reconhecimento da importância
          política e social que nós, micro e pequenos empresários, representamos para o Brasil. Sempre destacamos que seto-
          res como a agricultura, o petróleo, a educação e a energia têm ministérios dedicados, e acredito  rmemente que nós
          também merecemos um ministério que nos represente.

          A nal, somos responsáveis por grande parte da geração de empregos no país, e é essencial que haja um órgão gover-
          namental focado em nos apoiar e promover o nosso desenvolvimento. O que fazemos é fundamental para o  Brasil,
          e essa valorização é mais do que merecida.



          O DESAFIO DO COMÉRCIO EXTERIOR


          Uma das minhas preocupações é a participação das empresas brasileiras no  comércio exterior. Apenas 2% das micro
          e pequenas empresas industriais do Brasil exportam seus produtos, enquanto 16% importam. Acreditamos que essa
          proporção deveria ser invertida, com 16% das empresas exportando e apenas 2% importando.

          A tendência global é valorizar o mercado interno, e as empresas que exportam contribuem para fortalecer esse mercado,
          criando empregos e oportunidades.  uando importamos em excesso, isso pode enfraquecer a economia interna, levando
          à perda de empregos e recursos. Precisamos, portanto, de medidas que incentivem a exportação das nossas empresas.

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