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Momento Histórico









             Power-To-Floating Wind para hidrogênio verde


             de exportação















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                                                                       é economista, vice-presidente da Funcex e
                                                                           consultor da Global Consult
                                                                                 Evan Sponagle
               Miguel Lins  Evan Sponagle                              é economista, diretor da  uest O shore



          As tecnologias Power-to-[X] (PtX) podem não só desempenhar um papel substancial no mix energético global,
          mas também mitigar o impacto do aquecimento global. Essas tecnologias podem ajudar a alcançar a meta do Acor-
          do de Paris, de manter o aumento da temperatura da Terra abaixo de 1,5 C - 2,0 C. O uso de PtX para produzir
                                                                                  o
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          especialmente hidrogênio (H ) contribui para a descarbonização dos setores energético, industrial e de transportes,
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          por exemplo. Por essas razões, as tecnologias PtX têm ganhado cada vez mais atenção.
          A PtX visa utilizar o potencial ambiental e econômico das energias renováveis. O termo PtX surgiu devido ao crescente
          número e à grande diversidade de aplicações relevantes para a descarbonização (Burre et al., 2020). PtX como energia
          renovável de  oating wind para a produção de hidrogênio verde refere-se a diferentes processos que transformam eletrici-
          dade de fontes de energia renováveis do tipo eólica que pode ser utilizado em diversos setores de atividades econômicas.

          A Funcex, em setembro, apoiou como associação de indústria parceira a realização, no Rio de Janeiro, da South
          America O shore Wind’23, organizada pela  uest Floating Wind Energy e pela  uest O shore. O encontro con-
          tou com desenvolvedores de soluções, fornecedores, investidores e bancos de desenvolvimento, operadores de óleo
          e gás, portos, e ainda abordou questões regulatórias e perspectivas de divulgação do  oating wind principalmente
          no estado do Rio de Janeiro, que tem uma pujante operação de o shore na sua economia do mar.

          Para a Funcex, associar a difusão da tecnologia de O shore Wind,  xed and  oating, à possibilidade de produção e
          exportação de hidrogênio verde é um elemento fundamental para a transformação energética, a descarbonização
          de diversos setores, a “entrada e a descoberta” de novos produtos de exportação, no Brasil, e talvez, sobretudo, no
          estado do Rio de Janeiro em função das perspectivas futuras de descomissionar plataformas o shore e da redução das
          reservas geológicas do petróleo na costa  uminense. Olhar e estudar essa associação –  oating wind e hidrogênio
          verde – é um exemplo de “conversão industrial verde” que diversi cará a pauta de exportações estadual e brasileira e
          ajudará a limitar o aquecimento global a 2 C e alcançar a neutralidade de carbono até 2050.
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          As tecnologias de produção, armazenamento e transporte do hidrogênio vêm evoluindo nos últimos anos, e suas
          aplicações sempre se relacionam de forma complementar às fontes de energia renováveis – que são a eólica, solar,
          biomassa, nuclear e hídrica. Por isso, o hidrogênio é identi cado por cores diferentes, que distinguem os tipos de
          hidrogênio e como cada um é produzido.

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