Page 56 - Edição 153 da RBCE Revista Brasileira de Comércio Exterior
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Agronegócio








             O agronegócio na


             economia brasileira
















                                                                                Eduardo Daher
                                                                é economista, administrador de empresas e consultor da
                                                                    Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG)
              Eduardo Daher



          MOMENTO ATUAL


          Já se tornou reconhecida e redundante a importância do agro na economia brasileira. Com uma velocidade ex-
          trema, o país saiu, na década de 1970, da posição de importador para ser o segundo maior exportador mundial de
          alimentos, na atualidade.

          Em 2021, o agro representou 29% do PIB nacional, com uma receita da ordem de R$ 2,5 trilhões, segundo a Conab. Já
          suas exportações somaram US$ 59 bilhões, perfazendo 43% do total da nossa balança de pagamentos. Cabe desta-
          car ainda que a atividade, respeitada a sazonalidade, emprega aproximadamente 14 milhões de indivíduos.

          A partir de 1980, o PIB do agro na cadeia de produção nacional apresenta a distribuição, conforme o conceito
          “agronegócio”, traduzido do termo agribusiness, criado por Harvard na década de 1950:
          •  Indústria de insumos (12%): antes da porteira

          •  Agropecuária (30%): dentro da porteira
          •  Agroindústria (27%): dentro da porteira
          •  Serviços (31%): pós-porteira

          A posição de destaque obtida pela atividade do agronegócio brasileiro está fortemente correlacionada com o termo
          “diversidade”, uma vez que o país oferta em nível global uma série de produtos, ou seja, “não carrega todos os ovos
          em uma só cesta”.  No que diz respeito à diversidade de mercados, segundo a FGV, exportamos para mais de 160
          mercados. Em 2020, os produtos nacionais chegaram aos seguintes destinos:

         •  China – 33,7%                                        •  África – 6,1%
         •  Ásia – 18,5% (*menos China e Oriente Médio)          •  Aladi – 3,7%
         •  União Europeia – 16,2%                               •  Mercosul – 3,0%
         •  Estados Unidos – 6,9%                                •  Europa Oriental – 2,0%
         •  Oriente Médio – 6,3%                                 •  Outros – 3,6%

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