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RBCE - A revista da
TABELA 4
PARTICIPAÇÃO DE ESTRANGEIROS NO MERCADO DE TRABALHO
Países Estrangeiros Emprego Total Participação de
empregados estrangeiros no mercado
de trabalho (em %)
Canadá (2006) 3.319.000 16.484.300 20,13
EUA (2003) 19.273.000 136.277.000 14,14
Malásia (2002) 861.079 8.673.929 9,93
Grécia (2006) 289.800 4.452.817 6,51
Itália (2006) 1.348.424 21.639.792 6,23
França (2000) 1.249.468 23.261.580 5,37
Reino Unido (2002) 1.314.782 28.414.542 4,63
Espanha (2002) 532.500 16.458.100 3,24
Coreia do Sul (2003) 415.044 22.139.000 1,87
Chile (2002) 85.877 5.085.885 1,69
Brasil (2007) 293.999 90.786.019 0,32
México (2000) 120.113 38.044.500 0,32
Colômbia (2005) 38.049 18.606.571 0,20
Turquia (2000) 47.791 25.407.910 0,19
Polônia (2006) 26.000 14.886.000 0,17
Fonte: Mendes, M. Restrições legais à abertura do mercado brasileiro de projetos e serviços de engenharia. Núcleo de Estudos e Pesquisas da Consultoria
Legislativa. Textos para Discussão 171, Março de 2015.
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estabelecem o quadro de referência no interior do qual isolar – essas mesmas empresas, de não expô-las à compe-
as empresas se movem, na qualidade dos bens públicos e tição, e que incentivam um comportamento conservador,
serviços essenciais para sua operação. em que o crescimento se torna secundário, e a sobrevivên-
cia – inclusive por meio de incentivos, subsídios e outros
A evidência aponta um fenômeno multidimensional, não artifícios – um imperativo.
havendo uma “bala de prata” para resolver a baixa compe-
titividade das empresas. Há um histórico de instabilidade O forte empreendedorismo no país se dissipa por força
macroeconômica bem conhecida e suas sequelas: preços das barreiras à competitividade, ou é mal direcionado
(câmbio e juros) fora do lugar, elevado prêmio de risco e por conta das políticas que protegem as empresas, mes-
alto custo de capital. Há um ambiente de negócios que mo ao custo de elas permanecerem pequenas ao longo
diiculta a vida das empresas, restringe seu acesso a mer- da vida empresarial. A consequência é o baixo desempe-
cados e fatores de produção, traduzindo-se em custos de nho competitivo das empresas, principalmente no âm-
transação irrazoáveis. E se sobrepondo a esse ambiente, há bito da tecnologia, da inovação e da qualidade da gestão,
políticas compensatórias que têm o efeito de proteger – e como se verá a seguir.
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