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Mulheres Líderes na Exportação








             Trilhas de conhecimento e necessidades de  ltrar


             informações e gerar inteligência na exportação















                                                              Moana Rodrigues de Almeida é integrante do LAGI CSS da
                                                              UERJ, participante do Grupo Geoenergy  e integrante do cor-
                                                              po discente da Faculdade de Engenharia Ambiental da UERJ.
             Moana Rodrigues
               de Almeida

          Atrair e inserir jovens mulheres entre 15 e 29, mesmo em situação de vulnerabilidade social, nas atividades de expor-
          tação com vistas que elas possam contribuir para incentivar a obtenção de ganhos de produtividade e lucratividade
          é um desa o.

          O desa o de integrar jovens mulheres na exportação exige uma abordagem que combine o desenvolvimento do
          Capital Humano com a Inovação Tecnológica. Em linha com a teoria do Capital Humano, a capacitação adequa-
          da dessas jovens representa um investimento que gera externalidades positivas, permitindo-lhes liderar o processo
          de exportação de bens e serviços. Elas podem atuar em empresas iniciantes na exportação ou aumentar a orienta-
          ção externa de empresas já estabelecidas, contribuindo para que uma maior proporção da produção doméstica seja
          destinada ao mercado externo.
          A aquisição de conhecimento técnico (Trilhas 1 a 3) e estratégico (Trilha 4) é crucial. No entanto, a literatura sobre
          Gestão do Conhecimento demonstra o gap entre o conhecimento tácito (experiencial) e o codi cado (regras e da-
          dos) que as jovens precisam dominar. É aqui que reside a inovação metodológica deste framework: a utilização do
          Prompt Engineering de Corte Socrático por meio de programas de Inteligência Arti cial (IA). Essa ferramenta visa
          facilitar o aprendizado e a  ltragem de informações, acelerando a capacidade de gerar inteligência de exportação.

          O framework proposto é estruturado em quatro trilhas interconectadas, culminando na formação de futuras Traders
          com visão estratégica sobre Vantagens Comparativas Dinâmicas e a capacidade de moldar a pauta exportadora brasileira.


          1. Primeira Trilha: Organização da Produção, Produtividade e Lucratividade
          É preciso que as jovens mulheres desenvolvam habilidade cognitiva para, ao adentrarem numa empresa exportadora,
          classi carem mercadorias para  ns  scais e atividades econômicas. A partir desse conhecimento, elas começarão a
          compreender a organização da produção, do trabalho, da tecnologia e da maquinaria, desde a entrada de insumos
          até a transformação produtiva em bens ou serviços destinados à comercialização externa.

          O primeiro passo é entender o  uxo de recebimento dos insumos, seu armazenamento, manuseio e deslocamento até
          a célula de produção. É fundamental que identi quem a importância, a intensidade e tenham uma noção do custo
          e do tempo utilizado de máquina, de trabalho humano, e da tecnologia na confecção do bem ou serviço. Depois de

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