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RBCE - A revista da

çou uma escalada que hoje contempla mais de 80 espa-
ços no Brasil e muitos outros no exterior.

A questão da pluralidade ganha dimensão ainda maior
quando reforçada pela inclusão. Melhor dizendo, plura-
lidade e diversidade não se sustentam sem inclusão, con-
forme conclui um recente artigo da Harvard Business
Review sobre estes conceitos.

Além da construção de ambientes plurais, em que há es-
paço para todos, é importante que haja uma efetiva mu-
dança da cultura nas organizações e na sociedade como
um todo. As práticas inclusivas estão essencialmente as-
sociadas à mudança de mentalidade e à adoção de com-
portamentos alicerçados em uma cultura de direitos hu-
manos, que não comporta privilégios na educação, na
saúde, no mercado de trabalho, na cultura e tudo o mais.
Imagem de PublicDomainArchive por Pixabay
Como disse o saudoso crítico musical e membro da Aca-
demia Brasileira de Letras, Luiz Paulo Horta, a respeito
do projeto Música no Museu, 1

um aspecto importante da série, além da gratuida-
de oferecida em todos os concertos, é o contato per-
manente com as escolas, o que tem duas vantagens:
O posicionamento de pluralidade vai muito além do re- garantia de público e formação de no as plateias.
pertório, na medida em que participa efetivamente da São êxitos que merecem registro, num momento de
vida da comunidade, oferecendo inéditas oportunida- profundas transformações culturais, em que a mí-
des de entretenimento em vários pontos do Rio e das dia eletrônica avança sobre as formas tradicionais
cidades onde sua programação se desenvolve. Tudo isso de produção artística.
com um detalhe importantíssimo: enquanto lá fora o Se, por um lado, a formação de plateias já fazia parte do
ingresso para esse tipo de concerto é quase sempre pago, projeto Música no Museu desde o seu formato inicial,
e custa caro, aqui é gratuito, graças às leis de incentivo à mostrou-se necessário também dar espaço a grupos re-
cultura. presentativos de uma diversidade de expressões musicais

Além disso, a série ganhou brilho próprio, estabelecen- que normalmente não atuavam no circuito de concer-
do-se também em parques, jardins, palácios, igrejas, tos, e, mais ainda, propiciar a formação de novos músi-
e até em quadras de escola de samba, clubes e diversos cos oriundos de comunidades carentes.
outros locais, como a Ilha Fiscal, a estação da Central
do Brasil, fazendas do Vale do Café entre Paulo de Fron-
tin e Vassouras, sempre ressaltando aspectos históricos “
desses locais, mas tendo como tônica um diálogo mais Hoje, com mais de 26 anos de
próximo entre artista e público.
atividades ininterruptas, Música no
E por que tudo isso se liga aos propósitos da Funcex? Museu destaca-se no panorama

Música no Museu não se contentou em permanecer cultural brasileiro e coleciona
dentro das fronteiras cariocas, iniciando em 2002 um expressivos prêmios e honrarias
processo de expansão, sempre com enorme sucesso de nacionais e internacionais
público, locais cheios, frequentadores assíduos e apoio
da crítica e da mídia impressa e eletrônica. Assim come-
............................................................................ ”
1 Costa e Silva, Sérgio. 2013. Música no Museu, 15 Anos depois. Editora Carpex.

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