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Prática de Comex
Cabe ainda ressaltar que as empresas exportadoras re- c) saber identi car os indicadores de competitividade,
presentam uma alternativa para o ingresso quali cado produtividade, lucratividade e de performance, segun-
das jovens mulheres de 15 a 29 anos no mercado de tra- do os bons argumentos econômicos, nanceiros e con-
balho, e, com chances de obtenção de melhores salários. tábeis, de forma ex ante e/ou ex post; e as medidas de
auditoria e compliance para usufruir dos incentivos s-
O desenho de um curso técnico de inserção de jovens cais de comércio exterior ao nível estadual ou federal, e
mulheres para a expansão da oferta exportável de bens atender as determinações do comprador internacional.
e serviços e com cultura exportadora, onde a educação
é um “Capital Mental para ser força Produtiva do Pro- Para atrair e inserir jovens mulheres nas atividades de ex-
gresso” seguindo a sugestão de List, irá não só incentivar portação com vistas a liderarem no futuro, cada trilha de
o empoderarmento feminino, mas contribuirá de fato conhecimento abordará os seguintes temas e matérias:
para incentivar a inovação e a diversi cação da estrutura
e da composição das exportações das indústrias criati-
vas, das tradicionais e dos serviços no Brasil, contribuin- No chão de fábrica
do de forma decisiva no processo neoindustrialização No chão de fábrica serão oferecidas as seguintes matérias:
em curso.
a) Fundamentos de Gestão de Produção, Tecnologia,
O curso aqui sugerido foi desenhado para abrir oportu- Armazenamento e Transporte como fonte de prosperi-
nidades para a inserção da jovem mulher brasileira entre dade e distribuição de renda no Brasil;
15 e 29 anos – que esteja preferencialmente no ensino
médio ou no início da graduação – no mercado de tra- b) Fundamentos de Gestão de Exportação e Internacio-
balho das empresas exportadoras em função das mudan- nalização de Empresas como fonte de prosperidade e
ças geopolíticas em curso, e das oportunidades de trans- distribuição de renda no Brasil;
formação da estrutura econômica ligadas à exportação
que estão a ocorrer no Brasil. c) Fundamentos básicos de câmbio e investimentos em
projetos de exportação de bens e serviços;
O curso será formado por quatro trilhas ou jornadas de
conhecimento, com um total de 800 horas, sendo exe- d) Formulação e gestão de agenda de políticas públicas
cutados em etapas ou partes. A competência a ser desen- e regimes aduaneiros na exportação de bens e serviços;
volvida e potencializada em cada participante será a de:
e) Fundamentos e Noções de gestão de marcas e patentes.
a) saber identi car as fontes de vantagens comparativas
dos produtos elaborados (ou serviços a prestar) no pro-
cesso produtivo e na sua cadeia de suprimento; Funções de gestão
Nas funções de gerir as rotinas e procedimentos nas ati-
b) saber identi car os determinantes de produtividade vidades de baas (banking as a service) ou de laas (logistic
em função do seu grau e o do estágio de internaciona- as a service) ou de SSaas (Siscomex e Sisbacen as a service)
lização da empresa segundo a escola de Uppsalla, bem serão oferecidas:
como saber selecionar e escolher produtos e mercados; e
a) noções básicas de rotinas e procedimentos de expor-
“ O curso aqui sugerido foi tação de novos produtos da bioeconomia ou da transi-
ção enegética (como hidrogênio verde de exportação,
desenhado para abrir oportunidades SAF, green products da indústria de transformação);
para a inserção da jovem mulher b) noções básicas de rotinas e procedimentos de expor-
brasileira entre 15 e 29 anos – que tação de serviços tecnológicos;
esteja preferencialmente no ensino c) noções básicas de rotinas e procedimentos de expor-
médio ou no início da graduação – tação de bens e serviços da indústria criativa;
no mercado de trabalho das d) noções básicas de rotinas e procedimentos de ex-
empresas exportadoras portação de bens e serviços da indústria tradicional, do
” agronegócio e da agricultura familiar.
84 Nº 161 - Outubro, Novembro e Dezembro de 2024