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RBCE - A revista da
32%, somando 29,8 bilhões de dólares, conforme dinâ-
mica ilustrada no Gráfico 1. 1
Durante a gestão de Jair Bolsonaro (2019-2022), as rela-
ções comerciais entre Brasil e China mantiveram similar
padrão de crescimento, a despeito do cenário de tensões
políticas e desafios impostos pela pandemia da Covid-19.
As trocas comerciais alcançaram cifras recordes, impulsio-
nadas tanto pela importação de produtos chineses quanto
pela exportação de commodities brasileiras. Até outubro
de 2022, as importações brasileiras da China atingiram o
montante de 51 bilhões de dólares, ultrapassando o total
de 2021, que foi de 47,6 bilhões de dólares. As exportações,
por sua vez, registraram 83,4 bilhões de dólares entre janei-
ro e novembro de 2022, refletindo um aumento de 1,2%
em relação aos primeiros 11 meses de 2021. Esses números
destacam a resiliência do comércio bilateral em tempos de
adversidade, conforme ilustrado na Tabela 1. 2
Em síntese, apesar das intermitentes tensões e de uma
retórica às vezes contundente por parte de membros do
governo Bolsonaro e representantes chineses, as conexões
diplomáticas de alto nível persistiram. Um marco repre-
robusto de 29%, totalizando 53,2 bilhões de dólares, sentativo dessa resiliência foi a realização da VI Sessão
enquanto as importações brasileiras originárias da China Plenária da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de
também experimentaram um significativo avanço de Concertação e Cooperação (Cosban) em maio de 2022,
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GRÁFICO 1
BALANÇA COMERCIAL: JANEIRO-OUTUBRO DE 2018 EM COMPARAÇÃO COM JANEIRO-OUTUBRO
DE 2017
▶
30%
▶
29%
▶
32% ▶
25%
Fonte: Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
Elaboração: Conselho Empresarial Brasil-China - CEBC (2018).
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1 Quanto aos dados, ver CEBC (2018).
2 Quanto aos dados, ver Cariello (2022).
Nº 158 - Janeiro, Fevereiro e Março de 2024 27