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Ambiente de Negócios Internacionais
Por um Programa Brasileiro de Sustentabilidade
para as exportações
Marina de Almeida Bezerra Reis
é Integrante do LAGI CSS da UERJ, Participante do Grupo Geoenergy, Corpo Discente
Marina de Almeida
Bezerra Reis da Faculdade de Engenharia Ambiental da UERJ
Há cerca de dois anos atrás, o relatório nal do Gabinete de Transição da Presidência da República apontava que a missão
precípua do novo MDIC deveria ser “a inovação tecnológica, o aumento de produtividade e competitividade, e a promoção
de uma economia verde e limpa, não apenas na indústria, mas também no comércio e serviços”.
Estamos hoje numa sociedade em processo de aprofundamento de práticas sustentáveis, de digitalização e de possibilidades
de conquistas e ganhos de maiores parcelas do mercado internacional. Agora, o desa o dos empresários que atuam sobrema-
neira nas exportações é reduzir as incertezas e riscos em relação ao futuro dos negócios internacionais. De fato, os “novos” e
os “tradicionais” gestores e empreendedores que atuam nas empresas exportadoras estão redobrando a atenção com a organi-
zação social da produção e do trabalho destinada ao mercado externo.
De fato, há um gradual movimento entre as empresas exportadoras em revisar a gestão dos processos produtivos, suas certi -
cações de qualidade e de conformidade, e começar a adotar e difundir tantos padrões de sustentabilidade, net zero 2050 (tipo
ISO), quanto às normas voluntárias de sustentabilidade (NVS). Isso precisa ser feito e está gradualmente sendo implantado nas
empresas exportadoras, no Brasil, de modo a adequar, monitorar e conectar o processo produtivo e a mão de obra direta e indire-
tamente à introdução de novas soluções de controle de processos produtivo e, assim, mostrar maior sustentabilidade produtiva.
É preciso ter clareza que as empresas exportadoras brasileiras podem obter ganhos de comércio se puderem acelerar a adoção
e a gestão dos seus processos de certi cações de conformidade, e da maior adoção tanto de padrões de sustentabilidade (tipo
ISO), quanto das normas voluntárias de sustentabilidade (NVS).
A potencialização desse esforço sugere que o Governo Federal desenvolva um Programa Brasileiro de Sustentabilidade
nas Exportações para incentivar e acelerar a revisão no momento presente da gestão dos processos produtivos, sobretudo
suas certi cações de conformidade, e a maior adoção tanto de padrões de sustentabilidade (tipo ISO), quanto das normas
voluntárias de sustentabilidade (NVS).
Devido ao fato de que há um gradual movimento entre as empresas exportadoras para revisar a gestão dos processos pro-
dutivos, suas certi cações de qualidade e de conformidade, e de que se está começando a adotar e difundir tanto padrões de
sustentabilidade (tipo ISO), quanto as normas voluntárias de sustentabilidade (NVS), então, agora é a hora do governo com
vistas a incentivar uma maior inserção dessas empresas exportadoras nas cadeias globais de valor, e, sobretudo, melhorar a
imagem do Brasil no mundo lançar o Programa Brasileiro de Sustentabilidade nas Exportações. Este programa inicial-
mente deve ser focado como um incentivo para mobilizar que a cerca de 28.000 empresas exportadoras que são o Universo
Exportador Brasileiro de modo que essas:
36 Nº 161 - Outubro, Novembro e Dezembro de 2024