Page 6 - RBCE 161
P. 6
Editorial
G20 e os desa os para 2025
A declaração conjunta dos líderes mundiais ao nal da cúpula do G20 mostra a sabedoria e a destreza dos dois
sherpas brasileiros – e de suas equipes – e, sobretudo, do Governo Brasileiro em obter cooperação econômica,
política e social entre atores a priori não cooperativos num mundo caracterizado:
a) por estar passando um processo de crise associado à elevação dos sentimentos de um ambiente volátil,
incerto, complexo e ambíguo, fruto da transição energética e climática entre os operadores de negócios inter-
nacionais; e
b) por tensões geopolíticas e riscos econômicos, scais e cambiais que atormentam os investidores globais.
Pelo fato do Brasil ser um global trader e praticar o diálogo nos foros multilaterais, regionais e bilaterais, o ano de
2025 trará desa os a serem enfrentados ao nível interno e externo.
Pensando nisso, a RBCE 161 abriu suas páginas para re etir sobre esses desa os e propor medidas e ações para
serem consideradas e eventualmente adotadas, tanto pelos decisores de política, quanto pelos atores representati-
vos do setor de comércio exterior brasileiro. Abrimos nossas páginas azuis, para que Atilio Rulli – vice-presidente
de Relações Públicas da Huawei América Latina e Caribe – pudesse expor em detalhes a transformação digital,
de sustentabilidade, e de conexão por cabos e seus efeitos na redução dos custos de comunicação no Brasil e no
Mundo. Inclusive, ele pode detalhar o ecossistema da Huawei Brasil, as intenções do projeto agricultura do futu-
ro, e o centro de logística e produção da Huawei Brasil. Foi exposta, ainda, a oferta de capacitação e treinamento
da Huawei Cloud para parceiros e desenvolvedores. O Atílio Rulli detalhou, com exclusividade para a RBCE,
o METAERP desenvolvido para lidar com as operações de comércio exterior. O sistema é uma inovação na
construção de um sistema de ERP, usado hoje em cerca de 170 países.
Na seção comentário internacional, George Vidor discorre sobre a economia e o cobertor curto. E, para analisar
o ambiente de negócios internacionais se abriu espaço para as contribuições do Presidente da Funcex – Antônio
Carlos da Silveira Pinheiro – sobre internacionalização de empresas num mundo multipolar; e do Ministro Fe-
lipe Hees sobre o legado do G20. Por sua vez, Santiago Cabrera discorreu sobre a participação da Colômbia na
Rota da Seda; e Luis Rutledge apontou os efeitos das eleições norte americanas na cadeia de gás natural no Bra-
sil. Focando no Brasil, Henry uaresma discorreu sobre a importância de se adotar uma estratégia de expansão
acelerada para a expansão dos negócios internacionais, e Marina Reis mostra a relevância e a necessidade de se ter
um programa brasileiro de sustentabilidade focado nas exportações.
A necessidade e a importância de apresentar novas soluções para trade nance é uma constante na RBCE. Nesse
sentido, Cristiane Freitas mostrou como trade service e banking é uma inovação em comércio exterior. Por sua
vez, partindo da premissa que há dívidas com os exportadores a serem quitados pelos Estados e pela União, tanto
Jorge Sahione quanto Felipe Fortunato re etem como mobilizar recursos para nanciar as exportações por meio
de créditos acumulados do ICMS e dos créditos do Funrural com exportação indireta.
Para aprofundar a questão de branding e linguagem no comércio exterior, a RBCE abriu espaço para que Rodri-
go Solano discorresse sobre a quali cação empresarial para branding intercultural como estratégia integrada de
2 Nº 161 - Outubro, Novembro e Dezembro de 2024