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Editorial








          G20 e os desa os para 2025








         A declaração conjunta dos líderes mundiais ao  nal da cúpula do G20 mostra a sabedoria e a destreza dos dois
         sherpas brasileiros – e de suas equipes – e, sobretudo, do Governo Brasileiro em obter cooperação econômica,
         política e social entre atores a priori não cooperativos num mundo caracterizado:

            a)  por  estar  passando  um  processo  de  crise  associado  à  elevação  dos  sentimentos  de  um  ambiente  volátil,
            incerto, complexo e ambíguo, fruto da transição energética e climática entre os operadores de negócios inter-
            nacionais; e

            b) por tensões geopolíticas e riscos econômicos,  scais e cambiais que atormentam os investidores globais.

         Pelo fato do Brasil ser um global trader e praticar o diálogo nos foros multilaterais, regionais e bilaterais, o ano de
         2025 trará desa os a serem enfrentados ao nível interno e externo.

         Pensando nisso, a RBCE 161 abriu suas páginas para re etir sobre esses desa os e propor medidas e ações para
         serem consideradas e eventualmente adotadas, tanto pelos decisores de política, quanto pelos atores representati-
         vos do setor de comércio exterior brasileiro. Abrimos nossas páginas azuis, para que Atilio Rulli – vice-presidente
         de Relações Públicas da Huawei América Latina e Caribe – pudesse expor em detalhes a transformação digital,
         de sustentabilidade, e de conexão por cabos e seus efeitos na redução dos custos de comunicação no Brasil e no
         Mundo. Inclusive, ele pode detalhar o ecossistema da Huawei Brasil, as intenções do projeto agricultura do futu-
         ro, e o centro de logística e produção da Huawei Brasil. Foi exposta, ainda, a oferta de capacitação e treinamento
         da Huawei Cloud para parceiros e desenvolvedores. O Atílio Rulli detalhou, com exclusividade para a RBCE,
         o  METAERP    desenvolvido  para  lidar  com  as  operações  de  comércio  exterior.  O  sistema  é  uma  inovação  na
         construção de um sistema de ERP, usado hoje em cerca de 170 países.

         Na seção comentário internacional, George Vidor discorre sobre a economia e o cobertor curto. E, para analisar
         o ambiente de negócios internacionais se abriu espaço para as contribuições do Presidente da Funcex – Antônio
         Carlos da Silveira Pinheiro – sobre internacionalização de empresas num mundo multipolar; e do Ministro Fe-
         lipe Hees sobre o legado do G20. Por sua vez, Santiago Cabrera discorreu sobre a participação da Colômbia na
         Rota da Seda; e Luis Rutledge apontou os efeitos das eleições norte americanas na cadeia de gás natural no Bra-
         sil. Focando no Brasil, Henry  uaresma discorreu sobre a importância de se adotar uma estratégia de expansão
         acelerada para a expansão dos negócios internacionais, e Marina Reis mostra a relevância e a necessidade de se ter
         um programa brasileiro de sustentabilidade focado nas exportações.

         A necessidade e a importância de apresentar novas soluções para trade  nance é uma constante na RBCE. Nesse
         sentido, Cristiane Freitas mostrou como trade service e banking é uma inovação em comércio exterior. Por sua
         vez, partindo da premissa que há dívidas com os exportadores a serem quitados pelos Estados e pela União, tanto
         Jorge Sahione quanto Felipe Fortunato re etem como mobilizar recursos para  nanciar as exportações por meio
         de créditos acumulados do ICMS e dos créditos do Funrural com exportação indireta.

         Para aprofundar a questão de branding e linguagem no comércio exterior, a RBCE abriu espaço para que Rodri-
         go Solano discorresse sobre a quali cação empresarial para branding intercultural como estratégia integrada de

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