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Editorial









             Riscos e oportunidades no novo



             mapa geopolítico



















          Uma singularidade brasileira do momento é o de ser um “global trader” com uma capacidade única de ofertar e
          expandir a variedade e volume de bens, tanto do agronegócio quanto da indústria de transformação como também
          de serviços. Essas mercadorias e serviços podem ser “novas, verdes, sustentáveis” ou existentes na nossa estrutura de
          produção e podem ser comercializadas, vendidas e exportadas pelos quatro cantos do globo terrestre.

          O fato a destacar é que com uma apropriada mobilização de recursos internos  e externos há possibilidade de haver
          disponibilidade de recursos  nanceiros denominados em reais ou em moeda estrangeira para atender as  necessi-
          dades de  nanciar e de ofertar seguro de crédito às exportações para diversi car a pauta de exportação nacional
          em termos de produtos, serviços e mercados externos. Essas são oportunidades existentes e que há vários números
          anteriores da RBCE estão sendo expostas aos nossos leitores.

          No entanto, face às transformações em curso das forças produtivas e do processo de destruição criativa observado
          nas linhas de produção voltadas  para a exportação aonde a forma de produção “suja, poluidora, e não sustentável”
          está fazendo emergir um padrão mais sustentável e verde de produção para a exportação nos obriga a analisar e iden-
          ti car os riscos existentes nesse novo mapa geopolítico em gestação e em conformação acelerada.

          Nesse sentido, este número da RBCE visa apresentar visões e análises sobre esse tema. Abrimos nossas páginas azuis para
          Marcos Troyjo, expor em detalhes a sua visão sobre o novo mapa geopolítico. A seguir, George Vidor ressalta e rea rma a
          importância da criação do Real e a instauração de uma cultura anti-in acionária que se enraizou na sociedade brasileira.

          Na seção de analise do momento atual dos negócios internacionais, Lucas Ferraz, faz uma análise em defesa da
          Globalização. Claudio Gonçalves dos Santos e Sérgio Volk analisam alguns pontos, e as prováveis respostas a serem
          adotadas pela economia brasileira face à adoção do dia de liberação econômica implantado no governo Trump 2.0.

           uanto às oportunidades concretas existentes e passíveis de serem capturadas por empresas nacionais, de um lado,
          George Bisson mostra como as escolas podem ser vetores de conexão global nas cidades médias brasileiras. E, Miller
          Soares Ru no Pereira discorre sobre as oportunidades existentes para a montagem e estruturação de operações de
          exportação de serviços de engenharia nacional existentes atualmente na América Latina e na África.  Além disso,
          João Carlos V. de Marco apresenta as oportunidades no Uruguai como centro de negócios e inovação.

          Na seção de legislação de Comércio Exterior, de um lado, Ana Paula Paixão Martins, faz uma breve análise dos
          contratos de distribuição na importação, enquanto Welber Barral comenta sobre tarifas e imprevistos nos contratos
          internacionais.

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